Preço das baterias de lítio cai 98% em 30 anos

    [Fonte: Epoca Negocios]

    Inovação e duplicação de produção são os principais fatores para a queda do preço

    As pilhas evoluíram bastante nos últimos 30 anos. No começo da década de 1990, a capacidade de armazenamento necessária para alimentar uma casa por um dia custaria cerca de US$ 75 mil. As células pesariam 113 quilos e ocupariam espaço equivalente a um barril de cerveja. Hoje, a mesma quantidade de energia está em um pacote de 40 quilos (do tamanho de uma pequena mochila), a menos de US $ 2 mil.

    As baterias podem ajudar na busca por energia mais limpa. O fornecimento mais estável de eletricidade poderia eliminar a necessidade de “picos”  em usinas de geração movidas a combustíveis fósseis. As instalações de emissão de carbono, que funcionam apenas algumas horas por ano, são caras para construir e operar, aumentando os custos para os consumidores.

    As melhores baterias de lítio, inclusive, são essenciais para o funcionamento dos carros elétricos. Os pesquisadores da Tesla foram os primeiros a pensar neste tipo de energia e ter outras montadoras aderindo ao recurso só baratearia o custo desses veículos.

    Segundo cálculos de Micah Ziegler e Jessika Trancik, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), sempre que a produção dobra, como de 2006 a 2016, o preço das baterias cai.

    Outro fator determinante para o preço é a inovação. A dupla de pesquisadores descobriu que o know-how tecnológico, medido pelo depósito de patentes, está associada a uma queda de 40% no preço.

    As melhorias das baterias devem avançar, tanto no preço quanto no volume de armazenamento. Hoje um preço médio é de US $ 140 quilowatt-hora e o preço dos sonhos é US $ 100 quilowatt-hora. E o armazenamento também está aumentando: os Estados Unidos chegaram a 1,2 giga em 2020. E Austrália, Alemanha e Arábia Saudita não querem ficar atrás.